Por trás do "arroz com passas"

 Por trás do "arroz com passas"

 
'Natal é o momento perfeito para nos presentearmos com o autoconhecimento para entendemos quem somos'

 
Por Débora Máximo




 
As luzes piscam lá fora, mas o brilho real acontece quando as portas se abrem para os encontros em família! Sabemos que o Natal é aquele "pacote completo": tem a cura com o abraço da mãe; o cheirinho da comida da vovó, que aquece a alma, e aquelas risadas que viram histórias eternas. Mas, sejamos sinceros, também tem a tia das perguntas difíceis e o primo que adora contar vantagem...

 
Se olharmos com carinho, até essas "chatices" fazem parte do nosso repertório cômico e afetivo. Mas como aproveitar o melhor da festa sem deixar o coração inquieto? A resposta está em olhar para a nossa família com novos olhos.

 
Sabe aquele jeito insistente de um parente ou aquela mania que nos tira do sério? Isso é a herança invisível, uma bagagem de histórias, lutas e sonhos que eles receberam de quem veio antes. Ao entendermos que cada um ali está dando o melhor que pode, com as ferramentas que recebeu, o nosso olhar muda. No lugar do julgamento, nasce a empatia. Começamos a ver que, por trás do "arroz com passas" ou da pergunta invasiva, existe alguém que, do seu jeito torto, está tentando pertencer e amar.

 
O Natal é o momento perfeito para nos presentearmos com o autoconhecimento. Quando entendemos quem somos, o comentário do outro deixa de ser um ataque e vira apenas... um comentário. O perdão aqui não é um peso, é um alívio! Perdoar os padrões familiares é dizer "Eu entendo o seu passado, mas escolho um futuro mais leve". Esse movimento nos permite abraçar nossa família com mais autenticidade e menos expectativas, celebrando quem eles são de verdade.

 
Podemos manter as tradições lindas como as brincadeiras e a ceia farta e, ao mesmo tempo, inaugurar rituais de paz. Que tal ser aquele que inicia um elogio sincero na mesa? Ou aquele que escolhe ouvir com o coração em vez de reagir com pressa? Fortalecer o diálogo e colocar o amor no centro da mesa faz com que o caos se dissolva. Assim, transformamos o Natal em um terreno fértil para novas e lindas lembranças, onde o carinho da vovó e o riso dos primos são o que realmente fica guardado.




 
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Débora Máximo é influencer e graduanda em Psicologia