Tradição e arte na Casa de Cultura Gerson Pinheiro, no coração de Ipanema
Legado do patrono é preservado por familiares, abrindo espaço para eventos
Em 1946, quando Gerson Pinheiro projetou e construiu um prédio de três andares em Ipanema, no Rio de Janeiro, não imaginava que muitos anos depois de fixar residência no imóvel, o espaço ganharia o status de fomentador da cultura de modo geral.
Assim é que familiares - em particular o filho, Luiz Otávio Damasceno Pinheiro - há cerca de três anos desenvolveu o projeto de criação da Casa de Cultura que homenageia o patriarca. O lugar mantém um minimuseu com mais de 180 obras do acervo do artista, ocupando um andar do edifício, reunindo quadros, mobiliário e projetos.
Paulista nascido em Campinas, em 1910, Gerson Pinheiro foi um pintor de mérito reconhecido, formado pela Escola Nacional de Belas Artes; livre docente em Pintura, foi professor catedrático na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (da então Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde recebeu o título de Professor Emérito. Faleceu em 1978.
Várias obras do artista estão expostas permanentemente na Casa de Cultura, bem como objetos pessoais. Um dos quadros chama a atenção dos visitantes: o retrato da figura de Dom Pedro II, em tamanho natural, feito ainda na infância, confirmando seu extraordinário talento de menino-prodígio. A obra ganhou prêmio na Exposição Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil.
Divulgação
Na Casa de Cultura Gerson Pinheiro, legado de uma vida inteira preservado pela família
